Tome uma posição
A vida anda muito corrida, ou eu estou muito enrolada.
Tudo bem que a segunda afirmativa é mais do que verdadeira. E acaba por transformar a primeira em uma balela-lá-não-muito-consistente.
O dia sempre teve 24 horas. E sempre terá. Ou eu aprendo a colocar filtros eficientes para administrar melhor meu tempo, ou deixo as coisas emboladas pelo caminho. Ou seja, a decisão é minha, bem como a responsabilidade por colocá-la em prática.
Eu preciso tomar uma posição – o que é válido para todos os âmbitos da vida.
Vamos colocar os pingos nos is. E sem ofensas, porque esta não é uma questão pessoal. Eu apenas cansei de deixar subentedido, apenas nas entrelinhas, permitindo que analfabetos funcionais mandem meus textos, opiniões, crenças, falas e objetivos para a inquisição da ignorância.
Tomada a posição, pensar, repensar e optar por outra não é problema. Afinal, quem finca os pés no chão cria raízes. Os objetivos mudam, os ventos mudam: a gente também muda. E não é porque tomou uma decisão no passado (ontem), que precisa mantê-la apesar de ter novos dados hoje. Não será isso que trará coerência, baby.
E no fim, o que todos pedirão é a tal coerência, congruência, pertinência e relevância. Não importando por quanto tempo você manteve uma postura.
Eu sei, eu sei, alguém pode dizer que isso é inconstância – viver de lua, mudar ao gosto das marés. Aí, eu pergunto: e daí?
Ahhhh… fica mais difícil controlar, né?
Pois é, o tal controle! Esquece. Abre mão – você nunca o teve!
Penso muito nisso, porque além de dar conta da minha vida, estou modelando outra… a do João, minha maior felicidade.
O pequeno aprende muito mais pelo exemplo do que pelo discurso. Ele me testa o tempo todo! Chega a dizer: ué, você não disse isso antes?! Ou quando chega para me questionar com aquela (minha) carinha de “não acredito que você FEZ isso”.
Noto todos os dias que as minhas palavras também são as dele. Que minhas caras e bocas se espelham nas dele. É claro que ele trabalha determinada careta, reinterpreta algum pensamento e me mostra algo particular, cuidadosamente remixado.
Daí, tento assumir posições o tempo todo. Algo confortável para mim, um tanto educador para o João, motivador o bastante para moldar personalidades saudáveis e criativas – a minha e a dele. Sim! Porque minha crença diz que somos eternas versões beta-test – ano após ano.
é impressionante a forma como você enxerga a educação que dá pro João.
e, vindo de um ser maravilhoso, ele só pode ser assim, fantástico.
fico aguardando a minha hora de ter um “mini-mim” andando por aí!
beijo grande!
Drika!!! Obrigada, querida! Nunca estou certa das minhas opções – sempre me questiono se não estou sendo dura demais, molenga demais, crítica ou exigente demais. Saber o caminho do meio – o nosso ponto de equilíbrio! – é TÃO complicado. Ao mesmo tempo, desafiante e recompensador!
Tenho certeza de que você será a melhor mãe do mundo para os seus filhotes!