21st mar2011

Reconheça a diferença

by Biattrix

Queria fazer um post sobre as diferenças entre as pessoas e o que penso a respeito. Acabou saindo um texto sobre assumir uma posição… É que dentro de mim há um constante papo cabeça sobre ene assuntos – muitas vezes, vários ao-mesmo-tempo-agora.

Algumas pessoas me chamam de doida. Já me chamaram de bipolar, histriônica, DDA, questionadora de autoridades. Disseram que sou pavio-curto, dramaqueen, sem foco. Tenho tantos rótulos que nem sei. Talvez você pense em mais alguns, ampliando esta lista informal…

Quer saber? Já me importei com isso. E muito. Assumi quase todos esses rótulos, confirmando o poder que aquelas pessoas exerciam sobre mim, mesmo que temporariamente.

Por muito tempo me questionei se não estavam todos certos – afinal, a maioria tinha uma percepção muito parecida ao meu respeito. Logo, a errada tinha que ser eu!

Graças ao bom Darwin (foi o Roney quem me ensinou esta!), evoluí.

Hoje, não me preocupo com o que você pensa a meu respeito. Isso é problema seu.

Reconheço as diferenças não como um ataque a minha pessoa – mas como parte incrivelmente bela da variedade no planeta. Se fôssemos todos iguais, ui!, que chato seria esse mundo.

Muitas pessoas tratam a diferença como algo a ser exterminado, como se todos pudessem ser pasteurizados, agindo sempre dentro do mesmo padrão. (notem, não estou a falar sobre diferença sócio-financeira-cultural!)

Se divagamos, nos exaltamos com o calor da emoção, questionamos as ideias sedimentadas, não reagimos conforme o esperado… tudo isso é síndrome, doença diagnostica com a melhor das boas intenções. Mas, será?

Concordo que muitos têm problemas e distúrbios que precisam de um equilíbrio químico que só os remédios podem trazer. Precisam do controle da tarja preta. Só que isso é apenas o começo de um longo caminho que deve somar terapia, estudos, compreensão, diálogo, carinho e cuidados. É preciso cuidar das consequências, e reparar a causa. Um trabalho para profissionais dedicados e comprometidos com a saúde e o bem estar dos pacientes. E não para mercenários a trabalho da indústria farmacêutica vestidos de jaleco branco (essa carapuça caberá em muitos!).

E como saber identificar cada caso? Respeito para entender os limites pessoais – sejam seus ou do outro. Diálogo aberto e franco desde sempre, dentro e fora de casa. Paciência para perceber que cada um tem seu próprio tempo. Coragem para se questionar o tempo todo, não em busca de autoafirmação, mas de crescimento pessoal. Amor pela vida.

>> Amor de pai e de amigo. Exemplo de vida. Vale a pena ler o que o pai do Nicolas escreveu sobre o Dia Mundial do Autismo. <3

Eu fico muito feliz por ter na minha vida pessoas incríveis que compartilham suas alegrias, temores, conquistas, conhecimento, inseguranças… Aprendemos juntos. Aprendemos com o exemplo. Superamos os obstáculos com uma inteligência coletiva fantástica e energizante. Cada um a seu modo. Cada um no seu tempo. E, talvez, nem todos saibam o grande exemplo que são…

19th ago2010

Do seu lado

by Biattrix

Nunca planejei ser mãe. Para mim, sempre foi a evolução natural da vida. Aconteceria, pensava, no mais puro estilo “era para ser”. E aconteceu.

Não juntei dinheiro, não fiz economias, planejei gastos ou programei dar um tempo no trabalho, só para cuidar do pequeno-príncipe.

Hoje, sinto falta dessas coisas, confesso. Queria ter estruturado melhor a vida. Mas, assim é, assim será.

O que posso fazer é mudar minhas escolhas daqui em diante. E a mais importante está tomada: quero acompanhar mais de perto o crescimento do João.

Atualizando: mudei a carinha do blog, e quis trazer mais imagens, por isso a foto é mais recente que o post!
08th ago2010

Bolsa de mãe

by Biattrix

Bolsa de mãe é assim: sempre precisa ter espaço para a imaginação do filhote…

05th ago2010

Interferências

by Biattrix

Viver é simples, nénão? Eu acho que na teoria, enquanto fato isolado, é bem simples mas, na prática, não é bem assim. Estamos o tempo todo em conflito – alguns tão pequenos que mal notamos… alguns vivem abaixo da linha da consciência. Desses eu nem falo, porque finjo não saber ou ainda nem sei que não sei [doidinha, não?].

Não ganhamos manual de instrução. Não tem ensaio. É uma grande improvisação.

E como o assunto aqui é ser mãe… com o bebê não vem a iluminação necessária para criarmos esse serzinho da melhor maneira possível. Pelo menos não para mim! Assim, sigo tentando. E muitas vezes errando.

Todos os dias tento me lembrar de que minhas escolhas refletem na vida do meu filho. Meus humores, impaciências, frustrações e conquistas. Tudo interfere, cria, reforça, molda o que ele é e será…

A pequena grande existência do João também interfere na minha vida. E se essas interferências me pedem novas e diferentes escolhas, ele será sempre a razão número 1 dos meus caminhos.

Páginas:12»
  • Arquivo