Reconheça a diferença
Queria fazer um post sobre as diferenças entre as pessoas e o que penso a respeito. Acabou saindo um texto sobre assumir uma posição… É que dentro de mim há um constante papo cabeça sobre ene assuntos – muitas vezes, vários ao-mesmo-tempo-agora.
Algumas pessoas me chamam de doida. Já me chamaram de bipolar, histriônica, DDA, questionadora de autoridades. Disseram que sou pavio-curto, dramaqueen, sem foco. Tenho tantos rótulos que nem sei. Talvez você pense em mais alguns, ampliando esta lista informal…
Quer saber? Já me importei com isso. E muito. Assumi quase todos esses rótulos, confirmando o poder que aquelas pessoas exerciam sobre mim, mesmo que temporariamente.
Por muito tempo me questionei se não estavam todos certos – afinal, a maioria tinha uma percepção muito parecida ao meu respeito. Logo, a errada tinha que ser eu!
Graças ao bom Darwin (foi o Roney quem me ensinou esta!), evoluí.
Hoje, não me preocupo com o que você pensa a meu respeito. Isso é problema seu.
Reconheço as diferenças não como um ataque a minha pessoa – mas como parte incrivelmente bela da variedade no planeta. Se fôssemos todos iguais, ui!, que chato seria esse mundo.
Muitas pessoas tratam a diferença como algo a ser exterminado, como se todos pudessem ser pasteurizados, agindo sempre dentro do mesmo padrão. (notem, não estou a falar sobre diferença sócio-financeira-cultural!)
Se divagamos, nos exaltamos com o calor da emoção, questionamos as ideias sedimentadas, não reagimos conforme o esperado… tudo isso é síndrome, doença diagnostica com a melhor das boas intenções. Mas, será?
Concordo que muitos têm problemas e distúrbios que precisam de um equilíbrio químico que só os remédios podem trazer. Precisam do controle da tarja preta. Só que isso é apenas o começo de um longo caminho que deve somar terapia, estudos, compreensão, diálogo, carinho e cuidados. É preciso cuidar das consequências, e reparar a causa. Um trabalho para profissionais dedicados e comprometidos com a saúde e o bem estar dos pacientes. E não para mercenários a trabalho da indústria farmacêutica vestidos de jaleco branco (essa carapuça caberá em muitos!).
E como saber identificar cada caso? Respeito para entender os limites pessoais – sejam seus ou do outro. Diálogo aberto e franco desde sempre, dentro e fora de casa. Paciência para perceber que cada um tem seu próprio tempo. Coragem para se questionar o tempo todo, não em busca de autoafirmação, mas de crescimento pessoal. Amor pela vida.
>> Amor de pai e de amigo. Exemplo de vida. Vale a pena ler o que o pai do Nicolas escreveu sobre o Dia Mundial do Autismo. <3
Eu fico muito feliz por ter na minha vida pessoas incríveis que compartilham suas alegrias, temores, conquistas, conhecimento, inseguranças… Aprendemos juntos. Aprendemos com o exemplo. Superamos os obstáculos com uma inteligência coletiva fantástica e energizante. Cada um a seu modo. Cada um no seu tempo. E, talvez, nem todos saibam o grande exemplo que são…