04th ago2011

O tempo passa (rápido?)

by Biattrix

Muitas vezes falo coisas óbvias. Sabe aquelas obviedades que estão na cara – e que de tão perto, não as enxergamos? Poizé.

Parece um clichezão este meu título, não? E, vamos combinar, um tanto estranho com os parênteses e o ponto de interrogação… Mas, se tirarmos esses elementos, o que sobra é uma afirmação óbvia, natural, esperada, sine qua non da vida: o tempo passa.

Agora me diz, por que – POR QUE – nos assustamos tanto com este fato? Ou ainda: dele nos esquecemos?

Sim, porque se algo está bom, sofremos com a falta de tempo, que desembestado, come os dias da folhinha na parede.

Se é o contrário e nos vemos presos em uma situação adversa, rezamos (às vezes sem mesmo acreditar em Deus) para que o tal tempo passe logo.

O tempo passa. É fato!

Ao mesmo tempo que me desespero por já ser agosto (!), João se deprime porque só ganhará presentes em outubro, e “ainda falta muuuito tempo até outubro, manhê!”.

Preciso reaprender com o meu filho, a viver um dia de cada vez. Talvez, assim, eu acione o freio do Tempo Kronos – o do relógio – e viva mais o Tempo Kairos – o da qualidade de vida.

24th ago2010

Macaco de imitação

by Biattrix

Hoje, levando o João ao colégio, pelo caminho ele ia me mostrando suas habilidades como jogador de futebol. Conversávamos sobre os times, jogadores e dribles. E sobre os jogos no pátio da escola, com os amigos que, segundo ele, não sabem “enganar” a jogada.

Todo animado, ele parava a cada cinco passos para me mostrar dribles e pegadinhas, um vai-não-vai digno de… (oops, tenho muito a aprender sobre futebol!)

Quando perguntei como ele aprendeu tudo aquilo, João respondeu tranquilamente:

– ué, vendo. Eu vejo e faço, eu vejo e faço. Pronto.

Na hora achei bem divertido. Afinal, é assim mesmo que aprendemos, não? Quase por imitação. Quando adultos, estamos com a técnica tão refinada, que nem nos damos conta. Vemos e fazemos. Aprimoramos. Mas, macaqueamos.

Aí, lembrei desse vídeo que vi tempos atrás

O poder de observação dos pequenos é tamanho! Por exemplo: João aprendeu que deve andar do lado interno da calçada, simplesmente porque eu, durante nossas caminhas, sempre o troco de lado, o deixando longe do meio-fio. Vendo esses movimentos, me perguntou o motivo e respondi que era por segurança, que mulheres e crianças sempre devem andar desse jeito – o mais velho, ou mais forte, protegendo o mais novo, mais frágil. Desde então, quando vê alguma criança na beirada da rua, comenta em tom de quem sabe tudo: – ali, mãe, ele não sabe que criança tem que andar do lado de dentro da calçada.

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